Eu não ganhei um macaco

    Nesta fria noite de sexta-feira 13, eu e mais dois comparsas fomos assistir a um dos filmes mais esperados e alardeados dos últimos meses: Os Mercenários (The Expandables - e como o título em inglês sugeria, é realmente dispensável...)

    Vou confessar que realmente criei expectativas neste filme, por dois motivos básicos. O 1º obviamente que foi o elenco, ou então constelação, devido ao grande número de estrelas e "estrelas" (se é que vocês me entendem... *cof *Giselle Itié* cof *Steve Austin * cof * cof *).

O 2º motivo de expectativas foi a ótima campanha criada para o filme. Ações em várias redes sociais, como por exemplo o muito bem feito joguinho para Facebook e a intervenção no Youtube além de vários vídeos sobre o filme, incluindo um que chamava todos os homens a comparecerem aos cinemas para tomar de volta a "machesa" perdida no cinema e blá blá blá. 

Tudo realmente de encher os olhos, com excessão do filme em si.

ATENÇÃO: CONTÉM SPOILERS. Então se não quiser que eu estrague o seu  desprazer em assistir esse filme não leia. Ou então leia e poupe o seu dinheiro =D

    Como eu suspeitava antes de assistir, quando você coloca um monte de nego pseudofamoso junto, é óbvio que nenhum deles vai aparecer direito na fita, a não ser o próprio Stallone. Comecemos por Bruce Willis e Arnold Schwarzenegger. Bruce faz o agente da CIA que está em busca de alguém que faça o trabalhinho sujo para eles, e só. Acabou aí. Ele faz a proposta, ameaça o boca-torta se ele fujir com os 5 milhões de dólares do pagamento e simplesmente desaparece do resto do filme. Ou seja, só pra constar no poster. Aí vem Arnold. Com sua maestral fluência na língua inglesa ele aparece (eu ainda não entendi pra quê) fala meia dúzia de coisas, dá umas tiradinhas no Rambo Stallone e, na minha opinião, mostra a única razão pela qual ele aparece no filme, que é a piada infame onde Silvester diz: "Ele quer ser presidente." E só. Acabou aí também.

     Ainda no mal aproveitamento de elenco, não posso deixar de falar da passagem pífia de Jet Li. Gosto muito dele e da porradaria que ele produz (Haja visto em Cão de Briga) mas nessa película ele ficou limitado a ser chamado de pequeno a todo instante e quase ser morto pelo Dolph Lundgren. Falando nele, dá pra dizer que só faltou o colar de orelhas pra eu acreditar que estava assistindo Soldado Universal, devido a sua atuação como "ex-soldado-com-trauma-de-guerra".

Maaaas também tenho que elogiar o fato de não terem deixado o Latrel Terry Crews (a.k.a. pai do Chris) balançar o peitoral enquanto alguma música tocava. Nem dançar loucamente, nem mostrar a sua estranha língua. Fato notável. Ah sim, falando em peitoral quem poderia ter mostrado mais os seus é claro que é a Gisele Itié. Pô, um dos filmes com maior número de clichês por centímetro de película e a mina não mostra nem a marquinha do biquini? Sacanagem!

    Com atuações tão sem graça, o roteiro poderia ter salvo. Mas não o fez. Simplesmente uma água-de-salsicha só. Raso como um píres. E o que uma fase de Donkey Kong tem de bônus ele tinha de clichês. Meu, a CIA, uma das maiores agências de segurança dos EUA tem que contratar um coroa e mais 5 desocupados, pagar 5 milhões pra eles invadirem e tirarem um ditador de um país da América Central? Ah pelamor né!
   Outra coisa que eu não entendi até agora é pra que raios aquela galhofada toda do Jason Statham com a mulher que bota um chifre nele? Só pra fazer ele ir e detonar uns carinhas numa quadra de basquete? Se tirassem isso, o filme continuaria igual, ou talvez menos ruim. Mas só um pouco.
   Ah! E pra fechar, não posso deixar de citar a "brilhante" poesia do Statham para o cara de botox Mikey Rourke. O que diabos foi aquilo? "Cool Tool" Ah vá tifu...

Finalizando, posso dizer que Stallone já fez coisas muuuito melhores e espero que ainda possa fazê-las como diretor, já que, segundo ele, parou com esse negócio de ator. E convenhamos, já tava na hora mesmo.

P.s.: Qualquer semelhança com a crítica do Felipe é mera coincidência.